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Exercícios sobre linguagem não literária

Estes exercícios sobre linguagem não literária vão ajudar na compreensão das principais características dos textos em que predomina a função referencial da linguagem.

Questão 1

Sobre as características da linguagem não literária, estão corretas as alternativas:

I. Diferentemente do que acontece com os textos literários, nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico e também com o estilo, os textos não literários apresentam características bem delimitadas para que possam cumprir sua principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar.

II. Apresenta características como a variabilidade, a complexidade, a conotação, a multissignificação e a liberdade de criação. 

III. A linguagem não literária faz da linguagem um objeto estético, e não meramente linguístico, ao qual podemos inferir significados de acordo com nossas singularidades e perspectivas. É comum na linguagem não literária o emprego da conotação, de figuras de linguagem e figuras de construção, além da subversão à gramática normativa.

IV. Na linguagem não literária, a informação é repassada de maneira a evitar possíveis entraves para a compreensão da mensagem. No discurso não literário, as convenções prescritas na gramática normativa são adotadas.

V. A linguagem não literária pode ser encontrada na prosa, em narrativas de ficção, na crônica, no conto, na novela, no romance e também em verso, no caso dos poemas.

a) I e IV.

b) II, III e V.

c) I, III e IV.

d) I e V.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 2

Uma nova estrada para o turismo de natureza

“ Existe um paraíso escondido no interior do país com potencial para tornar-se uma segunda Transpantaneira - a rodovia MT-060. A nova rota é conhecida como Estrada Turística e fica próxima da fronteira entre o Brasil e a Bolívia, em Cáceres, no Mato Grosso. O desafio dessa região é similar ao de muitas áreas naturais do Brasil: implementar o turismo de natureza para gerar desenvolvimento sócioeconômico e o empoderamento das comunidades locais. Seria possível trilhar esse sonho em uma região tão distante dos grandes centros urbanos?

O Brasil tem em seu território alguns dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do mundo.  O Pantanal, com seus 250 mil quilômetros quadrados de extensão, é um desses exemplos.  Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o líder em um ranking  de 140 países em belezas naturais. (...)”.

Revista Época. Acesso no dia 11/09/14. Disponível em http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/09/uma-nova-estrada-bpara-o-turismo-de-naturezab.html

A notícia veiculada em uma revista de grande circulação apresenta fatos relacionados com o turismo ecológico. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina porque o autor do texto prioriza:

a) as suas opiniões baseadas em fatos.   

b) os aspectos objetivos e precisos.   

c) os elementos de persuasão do leitor.   

d) os elementos estéticos na construção do texto.   

e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.

Questão 3

Leia os textos a seguir para responder à questão:

Texto 1

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.

Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras.

(Disponível em http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/a-cidade-de-sao-paulo)

Texto 2

Soneto sentimental à cidade de São Paulo

Ó cidade tão lírica e tão fria! 
Mercenária, que importa - basta! - importa 
Que à noite, quando te repousas morta 
Lenta e cruel te envolve uma agonia 


Não te amo à luz plácida do dia 
Amo-te quando a neblina te transporta 
Nesse momento, amante, abres-me a porta 
E eu te possuo nua e fugidia. 

Sinto como a tua íris fosforeja 
Entre um poema, um riso e uma cerveja 
E que mal há se o lar onde se espera 

Traz saudade de alguma Baviera 
Se a poesia é tua, e em cada mesa 
Há um pecador morrendo de beleza?

(Vinícius de Moraes)

Sobre os textos, é correto afirmar, exceto:

a) O primeiro texto explora a linguagem não literária, caracterizada pelo uso da função referencial, que preza pela objetividade e imparcialidade da informação.

b) O segundo texto explora a linguagem literária, na qual podemos observar o emprego de recursos estilísticos e expressivos. Predominância da função poética da linguagem.

c) As notícias, artigos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionários e enciclopédias, anúncios publicitários e textos científicos são exemplos da linguagem não literária.

d) Os textos literários apresentam uma preocupação com o objeto linguístico. Suas características são bem delimitadas, como o uso da objetividade, a transparência e o compromisso em informar o leitor.

Questão 4

Enem 2013

Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam

mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.

AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net.
Acesso em: 7 dez. 2012.

Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal

a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.

b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como

especialista no assunto.

c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos.

d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vivem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.

e) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o caráter desses povos como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.

Respostas

Resposta Questão 1

Alternativa “a”.

Resposta Questão 2

Alternativa “b”. A função referencial, encontrada nos textos jornalísticos, tem como principal característica objetividade, cuja finalidade é transmitir uma informação de maneira clara ao expor dados sem interferências de comentários subjetivos e pessoais.

Resposta Questão 3

Alternativa “d”.

Resposta Questão 4

Alternativa “e”. Através do uso da linguagem não literária, o autor do texto destaca alguns aspectos comuns das civilizações indígenas, contrariando noções preconcebidas que enquadram os indígenas como uma entidade genérica e sem variedade cultural.


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